Para você que gosta de uma boa vingança, Django pinta na tela do cinema com um western trazendo tudo que tem direito.
De zoom dramáticos no rosto dos personagens a tiroteios que lavam suas paredes de sangue, paisagens e por do sol. Não podendo faltar uma explosão de Tarantino na sua cara (literalmente).
Django Unchained (título original) reconta a história de Brunhilde e Siegfried. Exatamente, a história da escrava criada por família alemã e nosso improvável Sigfried, um escravo chamado Django.
Libertado por Dr. Schultz, dentista e caçador de recompensas, o escravo começa sua trilha de vingança a seus opressores até achar o paradeiro de sua esposa.
Durante 2h45m de filme, Django mostra, de jeito sério com toque de humor, o tema do racismo.
Negros tendo que lutar entre si até a morte na sala de estar para deleite de seus senhores, a surpresa das pessoas, incluindo dos próprios escravos ao ver um de seus montando um cavalo é uma sátira ao Ku Klux Klan digna de boas risadas.
Mostrando que esse lado do preconceito, o soco na cara (culturalmente falando) que Dr. Schultz dá, no Monsieur Candie sai melhor do que um tiro no coração.
O filme está ai para você que acredita que a vingança não mata a alma e nem ao menos a envenena, com uma pitada de romance – mas, se você for tão peludo e viril quanto eu – provavelmente vai se interessar mais pelo lado de dar um tiro na cara de um cavalo e não se sentir mal por isso.
Segunda produção cinematográfica da trilogia da vingança de Quentin Tarantino, Django mostra que às vezes a justiça tem que ser disparada entre as pernas da sociedade e que caras legais também podem olhar explosões.
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