Andar a cavalo, um mundo enorme e vivo para se explorar, um arsenal altamente variado de armas, centenas de missões – e não estamos nem ao menos começando: o que o último episódio da franquia nos aguarda?
Contando com um grande apelo dos fãs e sendo uma das franquias mais famosas do gênero de RPG, Geralt de Rivia está de volta em seu ápice – e para todos os marinheiros de primeira viagem que não acompanharam sua aventura, não há necessidade de se preocupar: em The Witcher III: Wild Hunt toda a história dos games passados é contada de forma resumida e clara, deixando o jogador pronto para o que está por vir. Mas o que está por vir?
É impressionante notarmos a evolução da série ao longo dos anos – partindo de um role-playing game de câmera isométrica à ação em terceira pessoa, explodindo todas as limitações impostas e nos jogando em um mundo caótico e vivo.
E este é sem dúvidas um bom ponto de partida: a desenvolvedora polonesa não poupou esforços em elaborar uma ambientação que realmente não seja somente extensa, e sim.. altamente crível.
Ao longo das missões podemos notar que que os NPC’s possuem vida e suas próprias rotinas; basta acompanhar alguns destes durante a aventura que podemos perceber o quão rico tudo parece ser.
Já tocando no quesito “missões”, eis o grande trunfo da vez: chega de objetivos rasos e mal elaborados; por mais simples que a tarefa possa parecer, em TW3 as tradicionais side-quests possuem uma qualidade impressionante! Seja pegando uma frigideira para uma mulher ou até mesmo caçando alguma criatura que está deixando o vilarejo todo em pânico, desta vez tudo é muito natural e feito com o mesmo polimento das missões principais, o que engrandece e muito o título.
Pequenos detalhes também não podem passar despercebidos – e uma prova do engajamento da CD Projekt RED em produzir algo realmente detalhista está na barba de Geralt: ao passar dos dias, podemos notar o seu crescimento, o que nos dá claramente uma ideia de que o tempo está realmente passando na trama.
Os “Sinais” são as habilidades de bruxo do Geralt, sendo possível mandar uma rajada de ar, fogo e até um círculo de proteção para nosso protagonista, tudo depende de como você vai distribuir e melhorar a árvore de habilidades. E neste aspecto, cada pessoa acaba escolhendo sua melhor forma de progredir na história.
Outro ponto que nos chamou e muito a atenção foi a progressão do personagem: você não consegue aumentar seu nível rapidamente, ele cresce de uma forma mais devagar, como nos bons e velhos tradicionais RPG’s. Realizar as missões secundárias acaba se tornando algo muito prazeroso, ao procurar chegar a um ponto do seu destino você acaba passando por algum vilarejo que esteja precisando de ajuda, pois o mesmo está sendo atacado por alguma criatura. No papel de um Witcher, você deve caçá-lo utilizando todas as habilidades e receber a sua recompensa.
Já por sua vez, os comandos do jogo estão muito intuitivos! Durante o combate, o movimento de esquiva acaba sendo seu melhor aliado, combinar ataques de espada com os Sinais e uma boa esquiva, você consegue resultados positivos durante sua jornada.
Em The Witcher 3 o clima varia bastante, os produtores até comentara que um dos games que eles se basearam foi o DriveClub, um título que adaptou as mudanças de forma primorosa. Em nosso RPG, a mudança de um dia de sol para uma tempestade, muda totalmente o cenário do game, trazendo um resultado realmente fiel e um dos mais belos já vistos em títulos recentes.
Graficamente, embora controvérsias sobre seu suposto downgrade em comparação a apresentações passadas, o jogo continua altamente belo e com paisagens de cair o queixo.Os gráficos muito bonitos, principalmente por ser um título de mundo aberto, no Playstation 4 ele roda a 30fps/1080p enquanto no Xbox One a 30fps/900p com picos de 1080p devido à tecnologia dynamic scale. Já no PC a história muda um pouco: se você possui um computador high-end, é possível alcançar exorbitantes 4K de resolução.
O que vem por aí
A produtora prometeu 16 DLC’s mesclando entre gratuitas e pagas; as pagas, chegam ao final do ano enquanto ainda teremos mais conteúdo vindo em 2016 trazendo mais de 30 horas extras além de novas armas e armaduras. Vale lembrar que o título tem mais de 200 horas de duração caso o jogador deseje fazer absolutamente tudo na aventura!
Vale a pena?
É unindo características como: progressão do personagem, possibilidade de personalizar as habilidades, criação de poções e armaduras, clima, história rica, personagens cativantes e outros, que podemos afirmar com toda certeza: The Witcher 3 é um literalmente uma aventura sensacional, e sim, toda ansiosidade depositada valeu a pena e sem sombra de dúvidas ele já ocupa a posição de um dos melhores RPGs da nova geração.
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