Aloha é mais um título que foi vítima de uma tradução brasileira infeliz.
No longa, Brian Gilcrest (Bradley Cooper) é um empreiteiro militar que recebe um trabalho cujo qual se passa na sua terra natal e ao retornar, se encontra com alguns elementos do seu passado inacabado que envolve Tracy Woodside (Rachel McAdams) e seu par John Woodside (John Krasinski).
Com Bill Murray fazendo nada mais que sendo Bill Murray e uma participação de Alec Baldiwn forçando o humor desde 30 Rock.
A ideia do diretor Cameron Crowe é aparentemente fazer uma grande homenagem ao Havaí. A “mana”, a magia de Havaí, a ambientação, a história de uma mitologia costurada pelo filho de Tracy é toda estruturada no filme de forma séria e respeitosa, mas com esse elenco e a polêmica escalação da Emma Stone no papel de uma asiática de descendência havaiana com sobrenome “Ng” (Allison Ng), Crowe faz exatamente o contrário, fazendo com que Havaí ficasse em segundo plano nesse romance de brancos, insultando a diversidade cultural e fazendo com que o diretor pedisse desculpas em seu blog pessoal.
Dentre os momentos incômodos é válido ressaltar uma cena especifica: em um determinado momento em uma determinada cena, temos o enfoque total em dois personagens – que, aparentemente são filmados através de uma câmera steadycam (câmera flutuante). Qual o problema? Com muitos efeitos de luz a tentativa é a de mostrar o laço da relação entre eles. O resultado? Desastroso, causando uma estranheza tremenda como se nada alí fizesse realmente sentido seguindo a estética do longa.
Aloha já foi lançado lá fora com o pé esquerdo e duvido que consiga alguma bilheteria relevante no Brasil. Infelizmente, um fiasco.
Texto por: Alexandre Salazar
Montagem: Bruno Henrique
“Sob o Mesmo Céu” ainda está em cartaz no Brasil
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