Num mundo onde o presidente dos Estados Unidos é semi analfabeto, Adam Sandler é herói.
Baseado num curta de Patrick Jean onde personagens de vídeo game clássicos tomam forma no mundo real e não fazem nada além de destruir, o diretor Chris Columbus conhecido por dirigir os dois primeiros filmes da série Harry Potter, além de alguns clássicos como “Esqueceram de Mim”, e “Homem Bicentenário” faz aqui um filme paradoxal.
Paradoxal porque é claramente um filme para crianças, mas essas não vão reconhecer as milhares de referências que além dos vídeo games, remetem também à cultura pop oitentista onde somente os pais destas vão rir e talvez explicar quem são Hall & Oates.
Enquanto os mais velhos discutem as referências, os mais novos se divertem com efeitos especiais coloridos.
Ou seja, é um filme para a família, onde os pequenos vão rir e se deleitar com os efeitos especiais enquanto os adultos preenchem seu sentimento de saudosismo coletivo no cinema.
A introdução lembra um pouco O Gênio do Videogame (The Wizard) com torneios de fliperama e rivalidade usual entre competidores. Somos apresentados à infância de Brenner (Adam Sandler) seus amigos Cooper (Kevin James) e o prodígio Ludlow (Josh Gad).
Brenner, frustrado por perder um torneio contra Eddie (Peter Dinklage) se torna um adulto decadente e desprovido de hábitos higiênicos, se torna um instalador de TV’s e aparelhos eletrônicos que logo conhece Violet (Michelle Monaghan) que compõe o elenco. E seu amigo de infância se torna presidente dos Estados Unidos com um baixo índice de aprovação por cometer frequentes gafes na TV.
A terra é atacada por aliens que tomam forma de personagens de video game clássicos que Brenner jogava quando criança, então ele e sua turma “são os únicos” que podem salvá-la por deter conhecimento da mecânica e comportamento dos jogos.
É interessante ver como essa mecânica é aplicada no mundo real, mas não dura muito tempo para que tudo se torne um simples tiroteio com canhões de luz e explosões.
E é isso que importa para o público alvo desse filme.
Texto por: Alexandre Salazar
Montagem por: Bruno Henrique
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