Um reboot mal sucedido, um descaso com toda a franquia.
Uma nova chance é dada ao diretor Alan Taylor, que acompanhado de dois roteiristas (Laeta Kalogridis, Patrick Lussier) tem o desafio de atualizar a série iniciada em 1984 por James Cameron.
E ele falha.
Antes, uma pequena lembrança dos longas anteriores:
Em Terminator 1 um exterminador é enviado de 2029 ao ano de 1984 pela Skynet, uma inteligência artificial avançada que elimina grande parte dos humanos no chamado “Dia do Julgamento” para assassinar Sarah Connor, uma garçonete cujo o filho se tornará John Connor, líder da resistência contra as máquinas. Porém a resistência envia Kyle Reese, um soldado cujo a missão é proteger Sarah Connor.
Já em Teminator 2 um novo exterminador mais avançado de modelo T-1000 é enviado pela Skynet, mas dessa vez com a missão de eliminar John Connor quando criança, a história se repete e a resistência envia um protetor para Connor, um exterminador de modelo T-800.
Os acontecimentos de Terminator: Genisys (no Brasil, Exterminador do Futuro: Gênesis) ocorrem em paralelo a história do Exterminador 1, com elementos do Exterminador 2, com direito a cenas recriadas do primeiro filme.
No primeiro filme temos a perspectiva de Sarah Connor, no segundo a de John Connor criança, e neste temos uma nova, a do soldado Kyle Reese (Jai Courtney) que pela primeira vez podemos vê-lo lutando junto de John Connor (Jason Clarke).
Criando aqui uma nova história descrível. Alterando fatos cruciais da franquia original com perseguições que jamais se equiparão com as sequências ao segundo filme e sem ao menos tentar reproduzir o clima de tensão do primeiro.
O diretor aposta mais em efeitos digitais, e em piadas com o androide de Sarah Connor (Arnold Schwarzenegger) que aqui, não se explica da onde veio ou de que modelo é, dando espaço para continuações, apelidado de “Pops” – legendado e traduzido – carinhosamente para “Papi”.
O T-1000 de Byung-hun Lee não tem personalidade alguma se comparado ao de Robert Patrick, e logo é descartado dando espaço para a trama displicente e cheia de furos que passa de 1984 para o ano de 2017.
O talentoso JK Simmons vive o policial O’Brien, mas é inserido na trama sem nexo e de qualquer jeito. Em contraponto temos Jai Courtney, um Kyle Reese que atua tão mal que me faz temer ainda mais para um possível continuação.
Gênesis, que dá título ao filme é um precursor da Skynet, que se apresenta como um sistema operacional que integrará todos os aparelhos eletrônicos, incluindo celulares, tablets, etc… (basicamente o que o Google faz hoje).
E sim
Texto por: Alexandre Salazar
Montagem: Bruno Henrique
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