Após vários títulos que compõem a franquia, o novo episódio deu as caras no mês passado – e com tanto conteúdo, o que podemos dizer superficialmente sobre a mais nova produção da criadora de sucessos como The Elder Scrolls: Skyrim?
De volta ao cenário pós-apocalítico situado no ano de 2277, os jogadores desta vez irão se deparar com uma Boston decadente e em processo de reforma – onde um dos principais agentes do processo é simplesmente… você.
A situação não é lá tão confortável: a Grande Guerra aconteceu, você acorda após uma soneca de vagarosos 210 anos e, lá fora, Raiders enfurecidos, aberrações, anomalias, grupos sedentos por sangue e robôs sintéticos estão à espreita. Pois é, nem muita mudou desde os eventos de Fallout 3 e Fallout New Vegas e todos as velhas trivais que assolaram os títulos predecessores permanecem em sua essência aqui. Mas não se engane, sua experiência será muito mais engrandecedora e divertida (em alguns aspectos) e sem sombra de dúvidas, há sim um certo frescor em vários pontos.
Sem mais delongas, eis as mudanças:
A começar pela drástica mudança na customização, agora – ao contrário do que já vimos anteriormente é totalmente possível criar um personagem da maneira mais detalhada possível. O sistema de construção facial é extremamente rico e é possível passar horas a fundo recriando personagens do mundo POP ou até mesmo se recriando.
Muitas opções de cabelo, de face, e várias outras de manipulação para que ele seja exatamente do jeito que você gostaria. Para o físico dos personagens, há uma redução de opções – mas nada que comprometa a criação.
Outra grandiosa adição foi a introdução do voice acting para o personagem principal. Acredite, isso introduz uma camada de imersão extremamente valiosa e que faz toda a diferença – adicionando ainda uma pitada de frescor – como comentamos acima. A dublagem é boa, e embora em alguns momentos não condiga com o momento em questão, a inserção valeu muito à pena.
Fallout 4 traz uma jogabilidade mais fluída e dinâmica, se no terceiro episódio um dos fatores mais criticados foi o modo em 1ª pessoa, aqui as coisas estão revigoradas e ao maior estilo shooter.
Jogar em 3ª pessoa também é divertido, e é bem perceptível o empenho da Bethesda em resolver sua pendências e problemas que a comunidade vêm apontando nos últimos anos. Os V.A.T.S (Vault-Tec Assisted Targeting System) voltam com vários aprimoramentos e um slow-motion melhor executado, tudo parece mais suave. A sensação que é passada é a de que tudo está mais fluído, embora, é claro, ainda hajam empecilhos que dificultem a diversão (bugs).
Graficamente, Fallout 4 está belo. Talvez em certos momentos belíssimo. Infelizmente, destoante seria talvez a melhor palavra para definir um problema que pôde ser constatado por várias críticas: “É como se você colocasse os bonecos de Play 2 num jogo de Play 4”, ressalta o TecMundo Games – e realmente não podemos evitar a afirmação, em vários momentos nos deparamos com modelos que não parecem ter recebido o mesmo nível de detalhamento do que outros – e o contraste fica ainda maior quando notamos o quão rico visualmente são os cenários e pequenos elementos de construções.
Em algumas horas simplesmente parece que existem fragmentos de jogos de outra geração em um título da nova. Estranho, não? Mas embora a crítica pareça dura, precisamos ressaltar a transição de dia/noite, efeitos de luz, texturas bem acabadas e riquíssimas construções repletas de detalhes minuciosos que fazem absolutamente – toda a diferença – aqui.
Construa sua própria Alexandria
Para os fãs do aclamado seriado The Walking Dead em exibição pela AMC (FOX no Brasil), é bastante clara a relação de alianças e facções que se unem com objetivos de conquistas e sobrevivência – algo comum em histórias pós-apocalíticas. Mas se tirarmos os zumbis da trama podemos claramente notar que o mesmo efeito acontece aqui em Fallout – e agora, isso está ainda mais próximo da sua realidade na formação dessa cúpula. É possível agora criar suas próprias construções – e melhor: dá até para criar suas próprias habitações, chamar pessoas pelo rádio para habitar as mesmas e ver suas criações se expandirem e esperar para que muitas confusões aconteçam já que o mundo tem sua própria vida. E olha que nem tocamos no que diz respeito às Facções em sí! O sistema de casas é muito bem estruturado e absurdamente rico em opções; junte todas as suas tralhas, crie coisas e faça aquele seu barraquinho seu nesse mundo onde até respirar pode te matar (é sério).
No próximo artigo, iremos pontuar mais sobre as Facções, a história, suas decisões e como o legado foi continuado – além de passarmos pelo sistema de Parceiros, Perks e muito mais!
Texto por: Bruno Henrique
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