Análise – ‘Song of the Deep’ combina belos visuais a um combate mediano

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Categoria: Games, PC, PS4, Review, XBOX ONE

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Adicione o fundo do mar com detalhes riquíssimos a uma trilha sonora de peso em contraponto a um combate que peca em muitos aspectos, um sistema de quebra-cabeças não tão responsivo assim e uma narrativa ao maior estilo ‘conto de fadas’ com uma pitada de steampunk.

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Desenvolvido pelo estúdio responsável por Sunset Overdrive, o recente Ratchet & Clank e o vindouro game do cabeça de teias anunciado na última E3 – Song of the Deep adota o sub-gênero Metroidvania de ser – que para os que não conhecem: é um mix entre a jogabilidade das séries Castlevania (puxado mais para o Symphony of the Night) e Metroid. Na prática, tal conceito sugere que os jogadores terão um grande mapa a ser descoberto com segredos e muitos detalhes encorajando a exploração ao máximo.

A história de SOTD é simples: você está no controle de Merryn, uma garota filha de pescador que, ao notar o desaparecimento de seu pai constrói um submarino e parte para uma aventura rumo ao desconhecido descobrir o que aconteceu.

Sua narrativa é contada através de diálogos falados que descrevem a situação do momento, sentimentos da protagonista e reforça ainda mais a tese de que estamos diante de uma história bem familiar àqueles que simpatizam com contos infantis ou livros de histórias fantásticas.

SONG OF THE DEEP 3

A todo momento chamando o jogador para não só explorar, mas contemplar os segmentos – repletos de pequenos quebra-cabeças e recompensas. Song of the Deep cria uma atmosfera interessante à primeira vista e encanta aos que buscam por uma experiência serena enquanto desfrutam do universo criado.

É importante frisar todavia, que não estamos diante de uma arte tão impecável a um nível Ori and The Blind Forest (2015), por exemplo – porém nada disso diminui o título uma vez que você provavelmente ainda vai se apaixonar em vários momentos visuais.

Por falar em momentos, título consegue criar uma diversidade grande entregando aos jogadores segmentos que não necessariamente são dados de mão beijada. Em alguns momentos os jogadores passarão por momentos de dificuldade e, infelizmente, quebra-cabeças que não funcionam tão bem quanto poderiam – um ponto que infelizmente pode afastar uma parcela de jogadores por interromper o fluxo de jogabilidade criando dores de cabeça que realmente mais atrapalham do que divertem.

Falando em momentos que podem diminuir a experiência, podemos citar levemente o combate – uma das partes menos valorizadas aqui. Não que o título gire em torno deste aspecto, mas em vários momentos há um sentimento de o mesmo poderia ser melhor aproveitado. De toda forma, podemos afirmar categoricamente que o combate nem de longe é o que move o título, se tratando somente de uma característica secundária, onde a exploração certamente é a mais valorizada seguida de sua história.

Não podemos esquecer também de sua parte sonora, um dos maiores destaques que de forma alguma pode ser deixado de lado. Com composições que encaixam e ditam o tom do momento, o estúdio acertou completamente na decisão de convidar Jonathan Wandag para elaborar melodias tão agradáveis que definitivamente podem (e vão) mudar o seu humor.

Vale a pena?

Ao final do dia, podemos dizer que Song of the Deep mais acerta do que erra, e embora muito do âmago de problema possa morar numa divisa entre combate e puzzles, sua jogabilidade consegue agradar bastante graças ao grande foco na exploração, sempre entregando ao jogador cenários mais belos que o anterior.

Nota: 7.5/10 

‘Song of the Deep’ está disponível para PC, Playstation 4 e Xbox One com legendas em português

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