Análise – ‘Persona 5’ não reinventa a série, mas é ainda sim uma obra prima

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Categoria: Games, PS3, PS4, Review

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Chegando ao ocidente com um atraso significativo, a esperadíssima sequência da franquia Persona já está entre nós – e com muito conteúdo e uma direção de arte absolutamente linda, venha conferir o que achamos de todo o conjunto:

‘Persona’ é uma franquia de bastante sucesso. Derivada de Shin Megami Tensei (franquia principal), deu tão certo que hoje é um dos JRPG (jogos orientais de RPG) mais conhecidos e aclamados não só no oriente, mas também aqui no ocidente, com uma legião bem grande de fãs.

Com o já famoso sistema por turnos, ‘Persona 5’ inicialmente seria lançado para Playstation 3. Após alguns problemas durante sua produção, finalmente foi lançado tanto para Playstation 4, quanto para o Playstation 3. Isso tira a qualidade do título em comparação aos games atuais? A resposta sincera é: não.

Persona é um jogo mais complexo do que apenas gráficos, ou aventuras com uma história com arco fechado em apenas 5 ou 10 horas (padrão atual de games de aventura ou shooters); a direção de arte é algo de encher os olhos tal como todos os menus, transições, telas de carregamento, que também são fantásticas.

Na pele de um estudante japonês, seu principal objetivo é andar na linha, se dar bem na escola, melhorar seu relacionamento com as outras pessoas, participar de batalhas em um Metaverso diferente contra criaturas e tentar roubar seus corações. Achou estranho? Se acalme que nem estamos começando. O mais importante aqui, é terminar seu ano letivo com glória. E para isso, mais de 100 horas serão necessárias até que você concilie tudo da forma certa – unindo sua vida social, tal como sua vida como um “Phantom Thief” – detalhe no plot que não queremos entregar aqui nesta análise.

Para um marinheiro de primeira viagem todo esse papo de vida social aliada a demônios, assuntos correlacionados a ocultismo incluindo um repertório de cartas de tarot simbolizando afiliações importantes pode definitivamente parecer uma mistura confusa. Porém, é só se adentrar na trama por alguns minutos e o resultado é uma narrativa que tem seu charme próprio a ponto de lhe pegar na mão e falar “vem comigo”.

Para os marinheiros de segunda viagem (que já conhecem a série), espere para se surpreender: tudo aquilo que você ama em SMT e Persona está de volta em dobro e com vários easter eggs que só os íntimos devem estalar o cérebro. De toda forma, espere por horas afundo tentando passar por algum castelo ou até mesmo estudando para a prova que você precisa realizar na escola. Sim, você vai precisar se dar bem até nas provas para melhorar seus atributos em Persona.

Definitivamente se há um ponto a se destacar aqui é sua belíssima trilha sonora – sendo um dos pontos mais altos do título. Durante o menu, ou até mesmo em batalhas, prepare-se para escutar músicas compostas exclusivamente para o game. Outro detalhe que precisa ser pontuado é a quantidade absurda de textos a serem lidos; não se engane, em ‘Persona’ você não terá o auxílio de áudios para toda e qualquer conversa – o que é compreensível, já que estamos tratando aqui de um JRPG.

Infelizmente, mesmo demandando de grande esforço para ligar pontos na narrativa e progredir ao longo de muitas interações sociais, a Atlus não facilitou a vida dos fãs brasileiros e não localizou o título, o que significa que não temos nenhuma legenda em português. Ao invés disso, temos apenas vozes e legendas em inglês. Em todo caso, existe a possibilidade de realizar o download de um pacote que já está na PSN Store para deixar as vozes em japonês e o texto em inglês. A mesclagem funciona excelentemente bem.

Voltando a falar sobre seus prós:

No combate, é necessário administrar bastante seus itens tal como seu SP para utilizar os Personas. Assim, evitando ter que voltar ao mundo real uma vez que tal ação volta seus pontos de vida e poder ao máximo.

Absolutamente estratégico, aqui o que vale é entender o ponto fraco de seus inimigos para assim usá-lo; uma evolução natural do gênero que recebe suas devidas adaptações para a série e o resultado não poderia ser mais satisfatório.

Outro aspecto interessante é a possibilidade de conversar durante as batalhas – o que lhe possibilita um leque de trê opções: transformar aquela Sombra em seu Persona (escolhendo isso, você precisa responder perguntas da criatura corretamente, senão, existe a chance dela fugir) pedir um item, ou apenas solicitar dinheiro.

De toda forma, se nenhuma opção lhe agradar: é possível realizar um super ataque em conjunto e vaporize o inimigo de vez.

Vale a pena?

Com um jeitinho “anime” de ser fazendo jus total às suas raízes, Persona não reinventa a fórmula mas a aplica excelentemente com evoluções que deixam para trás problemas e apresentam diálogos, situações, e uma vida pulsante que só esta série poderia proporcionar. Definitivamente é um must-have para todos os fãs de cultura japonesa, ou para aqueles que querem testar algo novo de qualidade.

Nota: 10

‘Persona 5’ está disponível para Playstation 3 e Playstation 4

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