Quem não se lembra de algumas brincadeiras que fizeram parte da infância, aquelas que passavam longe de violência, ofensas, mas que nos moldaram para ser um estrategista, planejador e ter uma boa habilidade motora.
Você precisa ser bom de pontaria!
Uma brincadeira muito divertida que possuía várias formas de ser executada – eliminar as bolinhas de seu adversário, é a sua meta.
Bolinhas de gude
Colocamos como exemplo a forma mais comum de jogo: Triângulo
REGRAS DO JOGO
- Era feito um triângulo em uma determinada área de terra e uma risca onde os competidores lançavam cada qual suas bolinhas para verem quem começava a competição.
- A ordem era quem parasse com sua bolinha mais próximo à risca era o primeiro a iniciar o jogo e assim sucessivamente .
- Podiam participar da competição vários garotos ou garotas já que para tal não havia discriminação e as apostas eram feitas de acordo com o número de bolinhas a serem casadas no triângulo e todos os competidores casavam o mesmo número de bolinhas.
- O vencedor sempre era o que tirava o maior número de bolinhas do triângulo e o competidor que acertava as bolinhas continuava a atacar sua bolinha em direção ao triângulo até tirar todas as outras.
- Havia penalidade para este jogo pois se a bolinha do competidor ficasse dentro do triângulo ele era considerado morto para a brincadeira e deveria devolver o número de bolinhas conquistado de volta ao triângulo.
- O líder da brincadeira podia eliminar seus concorrentes após tirar a primeira bolinha do triângulo em uma espécie de perseguição atirando as bolinhas para que se chocassem com as bolinhas dos adversários, aí no caso os penalizados devolviam as bolinhas se tivessem começado a competição com retirada de bolinhas do triângulo.
- Alguns espertinhos para levarem vantagens usavam umas bolas de gude gigantes e pesadas para não correrem o risco de encalharem no triângulo e saírem da brincadeira, porém ficavam em desvantagem, pois quanto maior as bolas de gude maior a probabilidade de serem acertados em caso de uma possível perseguição para eliminação da brincadeira.
- Haviam alguns tipos de bolinhas, algumas eram chamadas de olho de gato, existiam bolinhas desenhadas muito bonitas o que originava também uma espécie de troca para quem gostava de colecionar.
- Comprávamos bolinhas em qualquer venda ou lojinha de bairro, era muito divertido.
Nada como ter uma boa habilidade motora para lançar!
Brincadeira Pião
É uma das brincadeiras mais antigas, alguns historiadores relatam que o pião já existia desde o ano 4.000 a.C., o pião já foi fabricado com dois materiais diferentes madeira, em forma de pera e com uma ponta metálica na parte afunilada e também alguns feitos em argila.
Um dos modos mais comuns de jogo era o lançamento ao ar, que consiste em lançar o pião e antes que este atinja o chão e a corda se desenrole totalmente, se o traga de volta até à mão, fazendo com que o pião fique a rodar ali.
As habilidades motoras desde a preparação até ao lançamento era como se fosse um “ritual”, onde cada pessoa fazia da sua forma, mas o lançamento e o maior tempo do pião girando era o que realmente valia.
Planejamento e Trabalho em equipe é fundamental!
Carrinho de Rolimã
Quem não se lembra da época em que nós produzíamos nossos próprios “carros”, montar um carrinho destes exigia planejamento, um trabalho totalmente artesanal e o mais legal era montar em grupo.
Feito com ferramentas simples, como martelo e serrote, o carrinho pode conter três ou quatro rolamentos (quase sempre usados, dispensados por mecânicas de automóveis) e é construído de um corpo de madeira com um eixo móvel na frente, utilizado para controlar o carrinho enquanto este desce pela rua. O freio deve ser um pouco maior que a distância do carrinho até o chão e precisa ficar em posição diagonal; para diminuir a velocidade deve puxar-se o pedaço de madeira ou uma barra de ferro para uma posição em que encoste no chão.
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