A Temporada 15 de Overwatch 2 surpreende com os Aprimoramentos e o retorno do 6v6, mas tropeça na falta de mapas novos e balanceamento irregular, entregando uma experiência renovada com reviravoltas nostálgicas e caóticas.
Primeiras Impressões e o Choque dos Aprimoramentos
Quando a Temporada 15 de Overwatch 2, intitulada “Honra e Glória”, foi anunciada, eu estava com aquele misto de expectativa e desconfiança que todo jogador veterano carrega. Afinal, depois de quase três anos desde o lançamento do jogo, a Blizzard precisava entregar algo que realmente mexesse com a comunidade – especialmente com a concorrência de Marvel Rivals respirando no cangote. Comecei a temporada no dia 18 de fevereiro de 2025, e agora, no dia 25 de março, com mais de um mês de jogo nas costas, posso dizer que essa temporada tem seus altos e baixos, mas definitivamente trouxe uma lufada de ar fresco ao meta.
Logo de cara, o grande destaque da temporada foi a introdução dos Aprimoramentos, um sistema que permite melhorar as habilidades dos heróis durante a partida. No começo, confesso que achei meio confuso. Você vai jogando, enchendo uma barra de progresso, e de repente tem que escolher entre duas opções de buffs – primeiro os menores, depois os mais impactantes. Minha primeira experiência com isso foi usando o Reinhardt: escolhi um Aprimoramento que aumentava a duração do escudo, e logo depois um que dava dano extra ao acertar múltiplos inimigos com o Fire Strike. Deu uma sensação de poder que eu não esperava, mas também me fez repensar estratégias que eu usava há anos.
O Problema do Balanceamento
Por outro lado, nem tudo foram flores com os Aprimoramentos. Alguns heróis, como a Sombra, parecem ter saído muito beneficiados – o hack dela agora pode ficar quase constante com o buff certo, o que irritou bastante meus amigos que jogam de tanque. Já outros, como o Wrecking Ball, têm opções que parecem meio meh, tipo “aumentar um pouco a velocidade da bola”. Depois de algumas semanas, ficou claro que o balanceamento ainda precisa de ajustes, mas a ideia em si é promissora e mudou o ritmo das partidas de um jeito que eu não via desde a transição pro 5v5.
Loot Boxes: Nostalgia ou Retrocesso?
O retorno das Loot Boxes foi outro choque – no bom e no mau sentido. Eu, que joguei o Overwatch original desde 2016, senti uma nostalgia imensa ao abrir minha primeira caixa lendária da temporada e pegar o visual Mei Suanni. Mas também bateu uma pontada de estranheza: depois de anos criticando o sistema de microtransações, ver a Blizzard trazer isso de volta, mesmo que sem compra direta, pareceu um passo pra trás disfarçado de fan service. Elas são dadas como recompensa em eventos e desafios, o que é legal pra quem não quer gastar, mas não apaga a sensação de que poderiam ter inovado mais aqui.
Uma Estética de Tirar o Fôlego
O tema da temporada, inspirado na mitologia chinesa, trouxe uma estética que eu adorei. O visual Pixiu do Zenyatta, com aquele toque místico de dragão, é um dos mais bonitos que já vi no jogo – e olha que eu sou chato pra cosméticos. Os mapas também ganharam detalhes temáticos no evento do Ano Novo Lunar, e jogar em Lijiang Tower com lanternas e fogos de artifício ao fundo foi um deleite visual. Mas, pra ser honesto, depois de umas duas semanas, o brilho inicial passou, e eu comecei a sentir falta de algo mais permanente, tipo um mapa novo.
Mapas: A Mesmice que Cansa
Falando em mapas, a Temporada 15 não trouxe nenhuma adição inédita nesse quesito, o que me deixou um pouco decepcionado. Eu sei que a Blizzard está guardando coisas grandes pro futuro – tipo o modo Estádio na Temporada 16 –, mas ficar reciclando os mesmos cenários com ajustes sazonais já tá começando a cansar. Pelo menos os ajustes de balanceamento nos mapas existentes, como a redução de alguns pontos de choke, ajudaram a deixar as partidas menos travadas.
Competitivo: Subidas e Quedas
O Competitivo dessa temporada veio com uma redefinição total dos ranques, e eu comecei do zero junto com todo mundo. Subir de volta foi um misto de diversão e frustração. Os novos visuais de armas galácticas são um incentivo legal – consegui um pro meu Reaper que é de babar –, mas o matchmaking ainda parece meio perdido às vezes. Já peguei partidas onde meu time foi massacrado por um grupo claramente mais organizado, e outras onde eu senti que não merecia a vitória. Os Aprimoramentos ajudaram a dar uma camada extra de estratégia, mas não consertaram os problemas de base do sistema.
Eventos que Marcam
Um dos eventos que mais me marcou até agora foi o Aprimorados, que rolou nas primeiras semanas. Com desafios semanais pra ganhar Loot Boxes e o visual Mercy Dia de Chuva, eu me vi grindando mais do que o normal. Foi divertido, mas também exaustivo – especialmente porque o meta tava dominado por tanques como o Roadhog, que com os buffs certos vira uma muralha quase impenetrável. Minha namorada, que joga de suporte, quase desistiu depois de levar uns hooks seguidos sem chance de reagir.
A Chegada de Freja
A atualização de meio de temporada, que caiu semana passada, trouxe algumas surpresas boas. Testei a Freja, a nova heroína DPS, durante o período de preview entre 21 e 24 de março, e ela é um sopro de vida pro elenco. A besta dela é precisa e explosiva, e a mobilidade com o Lufada aos Céus me lembrou um pouco a Pharah, mas com um twist mais tático. Só que, como era de se esperar, as filas pra DPS ficaram absurdas – cheguei a esperar 10 minutos pra jogar com ela.
O Retorno do 6v6
O retorno do modo 6v6 na Fila Aberta, que começou dia 18 de março e vai até 21 de abril, foi uma das coisas que mais curti até agora. Voltar a jogar com dois tanques trouxe aquela vibe caótica e nostálgica do Overwatch clássico, mas com os Aprimoramentos adicionando um toque moderno. Montei um grupo com amigos e testamos composições tipo GOATS revisitado – deu saudade, mas também ficou claro que o 5v5 ainda funciona melhor pro ritmo atual do jogo.
Colaboração com LE SSERAFIM
A colaboração com o LE SSERAFIM, que veio com a atualização de meio de temporada, foi um acerto pra quem curte K-pop. Os cinco visuais lendários são cheios de estilo, e o Junkrat Fawksey James gratuito é uma adição divertida pra coleção. Eu não sou o maior fã do grupo, mas até eu achei as skins visualmente impressionantes, especialmente a da Ashe com a dinamite RGB. Só achei que o evento podia ter trazido algo além de cosméticos – um modo temático, talvez?
Problemas Técnicos
Olhando pro lado técnico, a Temporada 15 teve seus probleminhas. Nos primeiros dias, enfrentei alguns bugs chatos, como o highlight que eu salvei não aparecendo direito, e uma vez meu ping subiu do nada no meio de uma ranqueada. A Blizzard corrigiu a maioria com patches rápidos, mas ainda sinto que a estabilidade dos servidores podia ser melhor, especialmente com tanta gente voltando pro jogo.
Vale a pena?
No geral, “Honra e Glória” é uma temporada que acerta mais do que erra, mas não é perfeita. Os Aprimoramentos são uma adição ousada que mudou como eu penso cada partida, e os eventos mantiveram o gás até agora. Porém, a falta de mapas novos e o balanceamento desigual entre os heróis me deixam com um pé atrás. Comparada com temporadas passadas, como a 9 que trouxe o modo cooperativo, essa aqui tem mais impacto na jogabilidade base, mas menos novidade em conteúdo.
Expectativas pro Futuro
Depois de um mês jogando quase todo dia, eu diria que a Temporada 15 me deu motivos pra continuar logando, mas também me deixou ansioso por ajustes. A Blizzard tá claramente testando águas novas, e eu respeito isso – mesmo que às vezes pareça que eles jogaram a rede antes de checar se o barco tá pronto. Se você é fã de Overwatch 2, vale a pena mergulhar de cabeça, mas prepare-se pra alguns solavancos no caminho. Agora é esperar o Ímpetos em abril e ver se o resto da temporada segura o hype!
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